domingo, 2 de maio de 2010

Letra da musica ...e Você:

...E você? - Agostinho Ferreira da Silva/Gabriel OPensador/Fabio Fonseca/Marcelo Mansur



Brasileiro é o que eu sou

Rapper brasileiro

Mas eu sou um brasileiro antes de ser rapper ou pagodeiro ou os dois ou nenhum

Posso assimilar a cultura do mundo inteiro

Mas sei que nasci no Rio de Janeiro - Brasil

Então não seja imbecil de pensar que eu não poderia cantar assim ou assado

Porque eu vou me expressar na forma e na hora que eu escolher

Aqui ou em qualquer lugar

Valorizando sempre as nossas

Raízes Costumes Cultura musical em geral

Então escuta o que eu digo pro americanizado débil mental

(Você é um burro e não vê a excelente cultura e os costumes do seu próprio país

E abre as pernas pro que os outros lhe impõe

Sem camisinha ou vaselina como o Tio Sam sempre quis)

Mas também não adianta o xenofobismo radical

Eu vou jogar fora no lixo o que é ruim e usar o que é bom da cultura mundial

Vou ler assistir escutar e cantar

E nem por isso deixando de lado a produção cultural aqui do meulugar

E no fundo no fundo todos os homens vieram da África

Principalmente alguns povos como por exemplo o nascido e formadoaqui nessa pátria

E não (se) esqueça que cada cultura se forma de uma certa forma ecada sociedade cultiva suas normas mas junto nós todos formamos aHumanidade que engloba todos os seres humanos

Que podem se destacar dos outros animais pela sua capacidade depensar

Capacidade que muitas vezes não é utilizada

E sendo assim não serve pra nada

Mas eu penso logo existo

Existo logo penso e tento utilizar essa capacidade de raciocinara todo momento

Posso pensar na forma de Rap Livro Pintura ou Baião

Posso pensar certo mas também tenho o direito de errar

Vacilão

Mas eu tento enxergar tudo e se eu não enxergasse amigo eu usavaóculos

Sou mais um inconformado sem partido feito a Denise Stoklos

E eu falo pra todos aquelesque querem me ouvir e vão concordar oudiscordar

Talvez acordar

Talvez me seguir ou talvez me vaiar (mas eu vou defecar)

E eu falo pros meus conterrâneos mas posso falar proestrangeiro

Mas "eu sou apenas um rapaz latino-americano"

Então em primeiro lugar o que eu falo é pros brasileiros

Inclusive pras "Lôrabúrras" pros playboys pros militares e proscrentes

Pra todos os fdp carentes que sofrem com a dominação cultural

Seja com a doutrinação social militar religiosa ou de origeminternacional

Humanamente também tô do lado desses coitados que tão no caminhoerrado e por isso merecem e precisam ser esculachados

O brasileiro precisa fazer uma lavagem cerebral

Aproveitando o que vem lá de fora mas sem esquecer o nosso valornacional

Cultural natural e da nossa história

É triste me olhar no espelho e saber que pertenço a um povo semmemória

E por culpa da gente é que nada muda no país

A miséria é permanente desde que os primeiros portugueseschegaram aqui

As deficiências dessa sociedade tão aqui desde cedo:

Fome Corrupção Desigualdade Povo covarde Desemprego...

Antigamente o sistema escravista não dava espaço ao trabalholivre

Hoje os problemas são outros

O espaço ainda é pouco e a superpopulação que o diga

E mesmo hoje em dia é bom que se lembre:

Os que trabalham não são homens livres e continuam escravizadoscomo sempre

-Escravos- é isso o que somos

Escravos da própria falta de atitude

Alguns se iludem ficam esperando que alguma coisa mude...

Os mais afetados esquecem onde tão e aplaudem tudo o que forimportado

Espero que tenha ficado bem claro de que lado eu tô

Apesar de ser um terráqueo

Gabriel O Pensador nunca vai se esquecer o pedaço do planeta deonde ele saiu:

Esse pedaço bonito cansado sofrido e explorado chamado Brasil

Então se você só dá atenção para o que vem de fora não me dêatenção

Me jogue fora

(Tchau! Vou embora)(Vai!)(Não! Fica aí)

Eu fico pra alegria e satisfação parcial da nação

Trazendo uma nova linguagem uma nova forma de comunicação quemuitos brasileiros ainda não conheciam: O Hip Hop

Que não tinha Ibope porque muitos não entendiam

Mas hoje ele é universal e até no Japão ele é assimilado

E pra quem achava uma droga depois dessa dose cuidado pra não setornar viciado porque eu aplico Hip Hop

Na veia Na mente Na frente Nas costas No peito

E não me esqueço que sou brasileiro então eu fabrico Hip Hop domeu jeito

Do nosso jeito

Desse jeito que você nunca conheceu

Com brasileiros tocando instrumentos ou mais Be Sample que aFernanda Abreu (Rio 40')

É somente a capital cultural do território nacional que é opurgatório da beleza e do caos no verão ou no inverno

Purgatório que pra muitos é bem pior que o inferno

E ao mesmo tempo é o céu pra outros poucos sortudos

Brasileiros surdo-mudos que apesar de tudo estar sorrindo paraeles continuam negando e cuspindo naqueles que tão pedindo esentindo "o gosto amargo desse nosso egoísmo que destrói osnossos corações"

Será só imaginação?

Não Não Acho que não

E se você não quer realidade então vai ver televisão

Mas eu tô na vida real e não quero fugir dessa realidade

E eu acho que até passava mal se me olhasse no espelho eenxergasse um covarde

Então eu vou continuar o idealismo que parece arte

E se precisar mudo até de nome feito o Chico Buarque

E "apesar de você" não se mexer

Não sei porquê sua anta

Me escuta

De que adianta ser filho da Santa?

Melhor seria ser filho da luta

Seria bom se tudo fosse um sonho e quando eu acordasse estivessetudo lindo e pronto

Mas isso nós não merecemos porque só vivemos dormindo no ponto

Então eu tento ficar acordado até na cama quando eu tô dormindo

E também não sou de nenhuma tribo urbana porque eu não sou totalmente índio

Eu tenho um pouco de índio no sangue mas não no sangue inteiro

Eu tenho um pouco de tudo no sangue porque eu sou brasileiro

Mas o que eu definitivamente não tenho no sangue é vergonha de ser o que eu sou

E não sei porque os brasileiros não têm auto-estima e não se dão valor

Mas eu me valorizo

Minha cabeça

Minhas idéias

Meus amigos

Minha liberdade de pensamento

Minha terra

O chão onde eu piso

Meu estilo

Minha cultura

Os costumes e o povo de onde eu vivo

Entre tantas outras coisas que eu valorizo e que depois você vai entender

E você amigo? Valoriza o quê?

Imagens

SOS-Nordeste Desigualdade

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Desigualdade Social e Desigualdade Cultural

A Desigualdade Social e a Desigualdade Cultural andam juntas, à medida que uma ajuda à ocorrência e a permanência da existência da outra.
De acordo com o Censo Agropecuário de 1980, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de cada cem brasileiros que vivem na Zona Rural, oitenta e dois não dispõem de água encanada, cinquenta e nove não têm instalações sanitárias e setenta e oito não têm luz elétrica.
Passaram-se trinta anos, mas a situação parece não estar muito diferente das estatísticas de trinta anos atrás, atualmente as condições de vida na Zona Rural brasileira continuam precárias, com a saída da maioria da mão-de-obra rural para ás grandes cidades, em busca de melhores condições de vida e emprego.
Já em se tratando da Desigualdade Cultural, teríamos vários exemplos a citar, como a prática da Xenofobia, a Extradição de Estrangeiros, praticada principalmente por países europeus, como a Espanha. E também as Desigualdades Regionais, existentes em relação à Cultura Gaúcha e a Cultura Nordestina.
A Desigualdade Cultural e a Desigualdade Social são processos de nossa evolução como homem, não podendo mais ser revertidas. Mas sim amenizadas, com uma maior tolerância, Distribuição da Renda Nacional e com uma Reforma Agrária que não fique só no papel.

Leandro de Quevedo Freitas, estudante do 2º ano do Ensino Médio, 17 anos.

Desigualdade Regional

por Andréia Quevedo Freitas,

A desigualdade social pode ter várias divisões, uma delas é a desigualdade regional, que é aquela ocorrida em uma mesma nação havendo diferenciações entre seus estados.


No Brasil, por exemplo, tem-se o preconceito à cultura gaúcha, nordestina e também ao modo de viver dos cariocas. Na Região Nordeste, em 1980 houve uma grande seca, afetando assim cerca de 28 milhões de pessoas. Com a falta de água, inúmeras plantações foram perdidas, o gado morreu, por não ter o que semear ou colher, trabalhadores ficaram sem emprego, com fome, muitos se obrigavam a comerem lagartos e outros bichos, para enganar a falta de comida. A imprensa mostrou a nação o estado de calamidade pública da Região Nordeste, SOS - Nordeste, uma campanha nacional promovida pela TV Globo, a fim de socorrer os nordestinos, recolheu fundos e alimentos, o que ajudou muita gente.

O Governo federal abriu frentes de trabalho para tentar absorver parte da mão-de-obra disponível e evitar que se multiplicassem as retiradas de alimentos dos armazéns e supermercados pelo povo faminto. Para socorrer os nordestinos, muita gente sensibilizada, deu dinheiro, roupas e alimentos, o Governo liberou grandes verbas. E afinal o problema foi solucionado?


Não, trinta anos se passaram e nada foi solucionado, o Nordeste, mesmo com vários avanços no ramo do Turismo, continua sendo a Região mais pobre do país.

Para que esse, e vários outros problemas, sejam solucionados, as divisões de renda nacional deveriam ser avaliadas, para que, quando ocorrer problemas como esses, termos verbas para a menos amenizar a situação.